terça-feira, 9 de junho de 2009

Noite na Taverna

A UFGRS tem recantos privilegiados. Alguns oásis. Um deles é o setor onde estão os livros raros (COE), na BSCSH. O acesso a essa sala é restrito, mas se você solicitar com muito jeitinho a entrada ao plantonista, ele permite.

De vez em quando eu e alguns amigos passeamos pelos corredores, pelas prateleiras, tocando, folheando, acariciando aquelas riquezas, cujo cheiro, textura e capa são tão atraentes e prazerosos quanto o conteúdo. Tempos atrás, eu e o Daniel olhávamos alguns tomos de capa dura do século XIX, quando um livro atraiu a atenção pelo tamanho, sobressaindo-se dos demais. Como a capa era de papel, foi preciso cuidado para removê-lo dentre os outros. "Álvares de Azevedo - Noite na Taverna, Contos fantásticos, Macário", da editora Globo. Difícil ter encontrado algo melhor. A edição é ilustrada, data de 1952. A tiragem foi de 1.200 exemplares numerados e todos assinados pelo ilustrador João Fahrion. Fotografei as imagens. Aqui estão algumas delas:
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[Ilustração de João Fahrion - imagem: Edna Regina Hornes]

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[Ilustração de João Fahrion - imagem: Edna Regina Hornes]
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[Ilustração de João Fahrion - imagem: Edna Regina Hornes]
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[Ilustração de João Fahrion - imagem: Edna Regina Hornes]
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[Ilustração de João Fahrion - imagem: Edna Regina Hornes]
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Não sei quanto a você, mas eu nunca tinha ouvido falar do Fahrion, a não ser por uma sala com seu nome na Casa de Cultura Mário Quintana. Deixo, então, alguns dados, pelo menos pra não passar em branco (e para aguçar sua curiosidade): o portoalegrense João Fahrion nasceu em 1898; foi pintor, ilustrador, desenhista, professor de artes plásticas na UFRGS; estudou e se aperfeiçoou em vários países (dentre eles, Alemanha e Holanda), aos pés de mestres respeitados; faleceu em 1970.

Fahrion não é o único lá no COE. As prateleiras guardam outras muitas surpresas. Basta curiosidade, paciência e um certo tino pra garimpagem. Assim você encontra a primeira obra publicada no Brasil, um dicionário de português elaborado pelo português Antônio de Moraes Silva, em 1813. Conhece? Não? Então vá lá!
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6 comentários:

  1. Pode ter certeza que estarei sempre por aqui prestigiando seus textos...
    bjos

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  2. webdesigner, escritora, fotógrafa (que fotos,só falta dizer q foi de celular!), que mais além do que a gente sabe? já tive naquele setorzinho, muito legal. ei, tem joão fahrion no margs, inclusive no acervo exposto permanentemente (calma pessoal, a guria é de outro estado). fiquei constrangido no último comentário, tuas amigas(os) sabem rir muito melhor do que eu. abraço

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  3. As fotos foram da minha câmera Sony CyberShot W-50 com 6.0 mpixels. Normalzinha.

    Pois é, tem também na UFRGS uma sala com o nome do Fahrion. Mas só pus a do Mário porque eu já tinha ido lá. Não sabia dessa do MARGS... valeu a dica.

    (Don't worry, tu ri bem... kkkk)

    Beijo, querido!

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  4. Bah, Edna, Legal!
    Me sinto uma completa ignorante agora... não sabia da existência desse Fahrion e nem da sala com o nome dele na Casa de Cultura - e muito menos no MARGS :/
    Mas, como dizem, "vivendo e aprendendo"!

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  5. mas hein, eu ñ sabia deste 'recanto'...
    se bem que, infelizmente, ñ tenho uma paciência de garimpadora.... putz, ñ tenho paciência alguma! :P
    adorei os desenhos!
    adoro este livro. adoro o Romantismo depressivo, fantástico, necrófilo e sangrento. ui!

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  6. Bah, Carol, somos duas então! Ui!

    Nada como uma alma à Tim Burton e Vincent Price (grande Dr. Phibes)! Hahaha!

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