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.Das íntimas massas
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É dessa massa
ser amorfo em dor
espinhos sem mercê
restos invomitados
que moldarei
feito espantalho
a vida que eu
quero pra mim.
Porque não encontro
nem fora nem dentro
alegria nem riso
espantalho nem vida:
só farrapos de arbim.
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10/06/2010
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E este foi o "final", mas prefiro o primeiro.
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É dessa massa
ser amorfo em dor
espinhos sem mercê
restos invomitados
que moldarei
feito espantalho
farrapos de arbim.
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Porque não encontro
nem fora nem dentro
espelho que reflita
esses mistérios de mim.
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10/06/2010 - 27/10/2010
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010
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..e sempre voltamos ao espelho..ah nossa alma...
ResponderExcluirEu mexi tanto nesse poema... No começo ele era ouuuutra coisa. Ali no espelho pensei em outras palavras, mas no fim... realmente: voltamos ao espelho.
ResponderExcluirAdoro tudo o que você escreve.
ResponderExcluirJean, obrigada!
ResponderExcluirVocê também escreve super bem! Até meus colegas da UFRGS andam falando do teu blog pra mim. :D
Vindo de você,é um enorme elogio para mim.
ResponderExcluirQuerida... o segundo é tão mais triste!
ResponderExcluirÉ mais triste mesmo, mas como diz: a beleza anda de mãos dadas com a tristeza.
ResponderExcluirIsso é tão verdadeiro quanto atroz.
ResponderExcluir:*
Puxa, e eu que gostei tanto daquele "a vida que eu/ quero pra mim". Percebi nisso o fulcro do poema, construir algo a partir daqueles restos, edificar a partir do que se é ou de onde se está. Vi muita poesia. Lucidez e coragem. Eu ficaria com a versão anterior,tirando talvez, ao modo mais sintético da outra, a linha "alegria nem riso", por implícita no tom inicial. Um belo poema, gostei muito. Beijos e parabéns
ResponderExcluirgostei mais da "primeira versão"!
ResponderExcluirbeijo, querida (saudade enorme!)
Sidnei, essa frase justamente é uma pedrinha no meu poema, to pensando nela. E obrigada muito pelas palavras sobre o poema e pelo email.
ResponderExcluirBj
Caroooollll!
ResponderExcluirSaudade também! Obrigada pela visita! :D
Besos
acho que é justamente o 'ser amorfo em dor' que o espelho acaba não conseguindo pegar, pela condição própria de não ter forma, daí nem reflexo, só dor. pesado, mas né, a beleza dificilmente é leve.
ResponderExcluirfaz tempo que te leio aqui, e faz tempo que preciso te agradecer pela ajuda em traduzir algumas coisas. :)
Ritta! Seja super bem-vinda ao blog! Que bom que está gostando. Amei teu pseudônimo e a foto do perfil.
ResponderExcluirPois é, a beleza, por ser pluri-pan-facetada, dá as mãos a tantos... à dor, à alegria, à tristeza, ao pleno, ao difícil. Talvez por isso seja tão bela.
Menina... agradecer por traduzir... o q?
Beijo!
lendo de novo agora acho que fui muito vaga mesmo... quis dizer que o que escreves às vezes me ajuda a entender coisas que eu já pensava e nem sabia (não querendo ser preteciosa ao ponto de dizer que eu já estava pensando no que escreves antes de ti, rs, mas acho que dá pra entender, né?).
ResponderExcluirbeijo ;)
Sim, entendo perfeitamente. Acontece comigo também muitas vezes. Leio algo e penso: "putz, é isso mesmo que acho, só que não tinha conseguido articular isso antes".
ResponderExcluirQue bom que ajudei! A gente sente que cumpre algo na vida por coisas assim.
Venha sempre e compartilhe tuas ideias com a gente.
Beijos!